Decapitei mesmo. Mas
primeiro imobilizei, amarrei, fiz ele confessar o que eu queria saber e depois
matei, decepando a cabeça e cortando as mãos com um terçado”.
Essa foi a declaração
de Jorge Jesus da Silva, de 42 anos, acusado de matar seu próprio sobrinho,
identificado pelo nome de Iran Diego Pinheiro Araújo, executado na última
sexta-feira (24), no conjunto Parque Modelo II, no bairro do Curuçambá, em
Ananindeua.
Preso por volta das
9h30 de ontem pela Polícia Civil e Militar, em sua residência, localizada na
Rua Santo Antônio do mesmo conjunto onde o corpo foi despachado, Jorge
confessou que matou o sobrinho e contou detalhes de como assassinou a vítima
dentro da sua casa. No local, marcas de sangue nas paredes, um pedaço da rede
que foi utilizada para enrolar o corpo e um carrinho de mão, onde o executor
levou o tronco da vítima para o local da desova, junto com a cabeça e as mãos,
que estavam dentro de um isopor.
“Cortei a cabeça para
não pensar e as mãos para não manipular”, ressaltou o acusado. Quanto ao sal
jogado na cabeça e nas mãos de Iran, ele alegou ser material de uma igreja.
“Minha mãe pegava na igreja sal e óleo ungido. Como ele tava com espírito mal,
resolvi abençoar dessa maneira”, relatou. Identificado ainda como policial
militar reformado, o “soldado Jesus”, como era chamado, fez parte na década de
90 da primeira turma do Comando de Operações Especiais (COE). Afastado seis
anos depois, ele alegou ter sofrido um acidente no qual bateu a cabeça, motivo
apontado por Jorge Jesus para ser um PM reformado.
Relatos de testemunhas
resultaram na prisão do assassino: De acordo com o delegado Lenoir Cunha, o
assassinato de Iran ocorreu na tarde de 23 de agosto. Jorge pegou uma corda,
enforcou a vítima e, em seguida, com a faca golpeou o coração de Iran. Depois,
pegou o terçado e uma marreta para cortar a cabeça e as mãos da vítima.
"Ele disse que cortou a cabeça porque foi com ela que a vítima pensou para
tirar a vida da irmã dele e com as mãos foi que ele a executou",
acrescentou.
O delegado da DH
afirmou que a descoberta da localização do assassino foi possível após uma
visita que as equipes de investigação do Paar e da divisão fizeram à cena do
crime na manhã de anteontem. "As testemunhas contaram que viram um homem
com as características de Jorge Jesus deixando o corpo. Outras também contaram
que conheciam o acusado. Hoje (ontem) pela manhã, os policiais militares e
civis do Paar prenderam o acusado, que confessou o crime", informou
Lenoir.
Na casa do matador, a
polícia encontrou o carrinho de mão, a rede e a arma branca usados no crime. Os
objetos foram apreendidos e levados para perícia no Centro de Perícias
Científicas Renato Chaves. Jorge Jesus permanece detido na DH até ocorrer a
decisão do Poder Judiciário sobre o mandado de prisão.
Fonte: (Diário do Pará e Jornal Amazônia)
Fonte: (Diário do Pará e Jornal Amazônia)
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