Pará - A Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (SIAC) do
Pará conseguiu evitar, neste domingo, 19, uma tentativa de fraude ao
concurso 2012 da Polícia Militar do Estado, cujas provas foram
realizadas simultaneamente em Belém, Santarém, Marabá e Altamira.
Há dez dias, a Operação Vibracall, que reúne agentes da Secretaria de
Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Sedes), vinha monitorando
Tonny Duarte, identificado como o cabeça da quadrilha, especializada em
fraudar concursos públicos. Ele e outras três pessoas foram presas no
município de Marabá, no momento em que tentavam repassar o gabarito da
prova por meio de mensagem de celular para outros candidatos. Mesmo já
tendo descoberto o plano do grupo, o setor de inteligência da polícia
paraense decidiu deixar que os acusados prosseguissem com a fraude para
obter o flagrante. A Universidade do Estado do Pará, organizadora do
concurso, tranquiliza os demais candidatos para a idoneidade do certame,
que continua valendo já que os acusados foram detidos antes que o
gabarito vazasse.
A “Operação Vibracall” foi deflagrada em razão de denúncias encaminhadas
à UEPA e ao Comando da Polícia Militar do Estado. Diante das
evidências, uma equipe da SIAC foi deslocada para a cidade de
Imperatriz, no Maranhão, onde Tonny Duarte, que é cabo da PM do
Tocantins, reside. Ele estava inscrito no concurso como concorrente a
uma vaga de soldado no polo Marabá (PA) e cobrava R$ 10 mil, por pessoa,
para repassar as respostas das provas. Em Belém o trabalho de
inteligência e de polícia judiciária foi aprofundado em uma operação
conjunta da SIAC com a Seção de Inteligência e Estatística da Polícia
Militar e Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.
Tom Farias, titular da SIAC, explica que o trabalho de investigação
começou imediatamente após o recebimento da denúncia. “Desde que a
denúncia foi encaminhada à Secretaria começamos o trabalho de
investigação. Identificamos e localizamos Tonny Duarte e passamos a
monitorá-lo de perto, enviando agentes a Imperatriz e acompanhando a
investigação também na capital paraense”, detalhou.
O coronel Daniel Mendes, comandante da Polícia Militar do Pará, frisou que não há nenhuma possibilidade do concurso ser anulado, pois a inteligência policial paraense foi eficaz em evitar o crime, resguardando o processo seletivo, que disponibiliza 2.180 vagas para a formação de soldados e oficiais. “A fraude não chegou a se concretizar. Tínhamos dois objetivos na Operação Vibracall: evitar o vazamento da prova e prender a quadrilha que estava sendo investigada. E nós atingimos as duas metas. Agora começa o trabalho de investigação da Polícia Civil, que deverá identificar quem foram os cidadãos que pagaram por este serviço”, conclui.
No último dia 17 de agosto (sexta-feira) equipes da SIAC e da Divisão de
Investigação e Operações Especiais (DIOE) foram a Marabá, para
acompanhar a movimentação de Tonny Duarte. Desde o inicio da manhã deste
domingo, 19, data da prova da primeira etapa do concurso da PM, as
equipes de vigilância monitoraram os passos do acusado desde a chegada à
Escola Municipal de Ensino Fundamental Martinho Mota da Silveira, onde
ele entrou acompanhado de Ruan Kelson Pereira dos Santos e Antonio da
Silva Santos, que também estavam inscritos no concurso. Um terceiro
homem, Agno Lima Bezerra, conduzia o veículo que transportava a
quadrilha.
Ao sair do local da prova Tonny foi seguido pelos agentes até uma rua
pouco movimentada do bairro da Nova Marabá. Na ocasião os policiais
abordaram o veículo em que o acusado se deslocava e no interior
encontraram material que comprovava a tentativa de fraude, como
celulares, gabarito, ficha de inscrição e um revolver. Tonny e o
motorista foram presos em flagrante. Após a autuação as equipes
retornaram à Escola Martinho Mota da Silveira e passaram a monitorar os
outros dois suspeitos, que ao final da prova foram abordados e presos
por terem recebido o gabarito em seus celulares. A dupla também foi
eliminada do processo seletivo em razão da participação na tentativa de
fraude.
Os presos foram conduzidos até a Superintendência da Polícia Civil de
Marabá, onde foram autuados em flagrante por fraude em concurso (art.
311) e formação de quadrilha (art.288). O grupo permanecerá à disposição
da Justiça em Marabá. As equipes de análise e de operações de
Inteligência da SIAC foram comandadas pelo delegado Sérvulo Cabral,
diretor de Inteligência Estratégica da SIAC, e as Equipes da DIOE,
responsáveis pela prisão dos acusados, foram chefiadas pelo delegado
Rogério Moraes da Luz.
Fonte: Agência Pará
que garantia eu posso ter que esse gabarito nao vazou?Essa prova tem sim que ser anulada...
ResponderExcluirconcordo com vc, o melhor a se fazer é anular a prova!!!
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