sexta-feira, 8 de junho de 2012

Temos controle sobre nossos sentimentos? Amor é irracional?



A paixão é um sentimento que não podemos escolher sentir ou não sentir.

Você provavelmente passou por uma desilusão amorosa e não estava preparado pra isso. Com o orgulho extremamente afetado, você diz pra si mesmo que nunca mais vai se envolver daquela forma, e não vai mais entrar em compromissos mais sérios. - Mas eu e você sabemos que neste relacionamento que acabou, você não premeditou entrar de cabeça. Simplesmente aconteceu.



O amor é racional?

Temos a parte primitiva do cérebro, mais na base, responsável pelos instintos básicos como sexo, fome, fuga...

A parte do cérebro que é responsável por emoções é o sistema límbico. Ele fica numa camada mais acima, que surgiu mais recentemente na nossa evolução, responsável por sentimentos como raiva, medo, ambição,
ciúmes, prazer, amor...

A parte mais evoluída do nosso cérebro é o córtex, o "terceiro cérebro". Esta camada é responsável pelo que chamamos de lógica e razão.

Acontece que o amor embora comece no nosso sistema límbico, ele ultrapassa os limites envolvendo tudo. Tanto a parte primitiva quanto a parte responsável pela lógica e razão estão envolvidos no processo. Não é algo simples, definido por escolhas de "sentir ou não sentir". Sem a participação da parte lógica, o sentimento do amor passa ser algo incômodo e estranho.

Uma das características que mais se destacam no ser humano é a capacidade deles de amar.

 O domínio dos sentimentos e a negação dos mesmos.

Podemos ver o equilíbrio de uma pessoa pela capacidade que ela tem de realizar tarefas. Podemos medir sua lógica pelo QI, assim como podemos ver se uma pessoa é equilibrada emocionalmente pelo chamado QE (quociente emocional).

Uma homem por exemplo pode ser um ótimo professor, mas ser estourado, impaciente, brigão, invejoso...

Nosso emocional precisa de equilíbrio, aprender a sentir emoções e reagir da forma certa a elas, tendo um grau de controle sobre tal. Usar sua razão para tomar a melhor decisão sobre um sentimento, tendo controle e avaliação sobre aquele impulso inicial.


Vivendo e aprendendo

Aquelas pessoas que tem pouca experiência sentimental e pouco equilíbrio, são as primeiras a se irritarem ao levar um fora por exemplo, ou sofrerem uma desilusão amorosa. Elas se fecham - no sentido que ofendem ou ignoram dar chance para outros relacionamentos, não porque elas são "espertas" de não se envolverem novamente, mas porque elas sentem medo da possibilidade da dor, de que aquilo dê errado.

Como aprendemos? 

  1. Experimentando - prática
  2. Errando - percebendo o que deu errado, a pessoa ou você.
  3. Tirando lições do que aconteceu para evitar que se repita.

"Por isso mesmo não vou mais me envolver"

Não depende de você se envolver ou não. Vai acontecer porque está em nós.

Tomar uma atitude dessas ignorando tudo, colocando toda a desilusão dentro de uma sacola e tentando esquecer o sofrimento sem destrinchar o que deu errado, é assinar o contrato certo pra outra desilusão amorosa. São as desilusões que nos fazem mais maduros.

A tentativa e erro funciona assim. Paramos de procurar por um amor, de nos relacionar quando dá certo, o que quer dizer que dar errado muitas vezes é normal. Pergunte a 5 pessoas que estejam comprometidas, quantos relacionamentos (correspondidos ou não) elas tiveram antes na vida que não deu certo até que finalmente encontrarem a pessoa ideal.

Conclusão

Controlar sua raiva, controlar o que vai dizer quando está com raiva, controlar a cautela excessiva, a vontade de se entregar totalmente antes de pensar, seja lá qual for o sentimento, bom ou ruim, você precisa ter a experiência do sentimento para que possa comandar aquilo.
Como quando sonhamos diversas vezes e com o passar do tempo, conseguimos muitas vezes ter controle sobre o que está acontecendo nele.

Acima de tudo, devemos saber que embora podemos controlar melhor nossos sentimentos, não podemos evitar que eles aconteçam. Por isso, se você é uma pessoa que tem tendência a se entregar facilmente, você precisa ao menos saber onde está pisando.

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